Se você já se pegou pensando que certas pessoas parecem viver em um mundo diferente, onde tudo é mais colorido e divertido, pode apostar que a Programação Neurolinguística (PNL) tem algo a ver com isso. Imagine que a PNL é como aquelas lentes de sol que mudam a cor do mundo ao seu redor. De acordo com Richard Bandler e John Grinder, os gurus da PNL, a forma como nos comunicamos e percebemos a realidade molda nossas emoções e comportamentos (Bandler, R., & Grinder, J. (1975). The Structure of Magic). É quase como se, em vez de sermos meros espectadores, fôssemos os diretores de um filme — decidindo quais cenas passam nas telonas da nossa mente.

A beleza da PNL está na ideia de que não somos apenas receptores passivos das informações ao nosso redor; somos filtradores ativos, selecionando o que absorver e o que descartar. E vamos ser sinceros: a nossa capacidade de filtrar pode ser tanto um superpoder quanto uma armadilha. Afinal, quem nunca ignorou uma conversa interessante porque estava distraído com a notificação do celular? A realidade é moldada por como escolhemos vê-la, e a PNL é a chave para entender esse processo.

Deletação, Distorção e Generalização: O Triângulo Amoroso da Percepção

Agora, vamos falar do triângulo amoroso da percepção que pode causar mais drama do que muitas novelas por aí: a deletação, a distorção e a generalização. Este trio é a base que sustenta nossas interpretações da realidade.

• Deletação: Imagine que você está em uma festa e decide ignorar todas as pessoas que não estão vestidas de azul. Parabéns! Você acaba de deletar a diversidade do ambiente. Ao fazer isso, não apenas perdeu uma oportunidade de fazer novas amizades, mas também de ampliar seu repertório social.

• Distorção: Aqui, a coisa fica mais divertida. Se alguém diz que a festa foi incrível e você, que não estava lá, assume que foi a melhor festa do ano, bem-vindo ao clube da distorção! A realidade pode ser distorcida como uma linha de chegada em uma corrida — você pode cruzar, mas a vitória é só na sua cabeça.

• Generalização: Ah, a generalização! A famosa crença de que “toda vez que falo em público sou ridículo”. Essa ideia pode nos levar a evitar situações sociais, criando uma bolha de conforto que, ironicamente, nos limita. É como achar que todos os gatos são fofos só porque o seu é um verdadeiro charme; você pode acabar levando um susto quando se deparar com um gato rabugento!

Estes processos atuam como lentes através das quais percebemos o mundo. E se você não prestar atenção, pode acabar vendo tudo em preto e branco quando, na verdade, a vida é uma paleta vibrante cheia de cores!

A conexão com a Absorção e Liberação de Energias na Consciência

Mas como tudo isso se conecta à consciência? A consciência é um tema que mais parece uma conversa de bar entre filósofos: cheia de nuances e complexidades. De acordo com David Chalmers, a consciência nos permite perceber o mundo de forma subjetiva (Chalmers, D. J. (1996). The Conscious Mind: In Search of a Fundamental Theory). Assim, quando absorvemos informações através dos filtros da PNL, estamos, na verdade, canalizando energias que moldam nossa consciência — e isso pode ser tanto iluminador quanto confuso.

Se você só absorve o que é confortável, é como encher um balão só com hélio — ele vai flutuar, mas talvez não chegue muito longe. Por outro lado, liberar essas energias através de novas experiências e reflexões pode expandir nossa percepção e nos ajudar a evoluir. É como trocar o hélio por ar quente; o balão não só sobe, ele ganha direção e propósito!

Comportamento e Evolução da Consciência: O Efeito Borboleta

Agora, vamos conectar tudo isso ao comportamento. O que acontece quando generalizamos crenças negativas? Isso pode nos levar a evitar interações sociais, criando um ciclo que afeta nossa consciência. De acordo com Daniel Kahneman, nossas decisões são influenciadas por como percebemos a realidade (Kahneman, D. (2011). Thinking, Fast and Slow). E se você parasse para pensar: “E se eu mudar a minha narrativa interna?”, a mágica começa a acontecer.

Ao trocar “não sou bom o suficiente” por “estou em constante aprendizado”, você não apenas altera sua percepção, mas também libera novas energias que podem levá-lo a um novo patamar de consciência. É como dar um upgrade no seu software mental; você não só se sente melhor, mas também começa a ver o mundo sob uma nova luz.

O Que Levar Dessa Reflexão?

A vida é, sem dúvida, um grande jogo de filtros e energias. A PNL nos dá as ferramentas para entender como moldamos nossa percepção, enquanto o estudo da consciência nos desafia a expandir esses limites. Ao nos tornarmos mais conscientes de nossos filtros e energias, temos a chance de não apenas mudar nossa percepção, mas também nosso comportamento e, em última análise, nossa evolução.

Portanto, da próxima vez que você se pegar filtrando a realidade de forma a torná-la mais fácil ou confortável, lembre-se: a beleza está na complexidade! Então, que tal trocar os filtros e ver o mundo com novas lentes? Afinal, nunca se sabe que tipo de festa você pode estar perdendo por estar muito focado nas roupas azuis.

Recursos Adicionais:

• Bandler, R., & Grinder, J. (1975). The Structure of Magic.
• Chalmers, D. J. (1996). The Conscious Mind: In Search of a Fundamental Theory.
• Kahneman, D. (2011). Thinking, Fast and Slow.

Este artigo não apenas explora a interseção entre a NLP e o estudo da consciência, mas também convida você a refletir sobre como suas próprias percepções moldam sua realidade e comportamento. E se você não se permitir explorar, pode acabar perdendo a melhor festa da sua vida!